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Como fazer networking em tempos de isolamento social e sem sair de casa

Como fazer networking em tempos de isolamento social e sem sair de casa

1 de outubro de 2020 / Carreira / por Comunicação Krypton BPO

Especialistas de redes sociais como Facebook e LinkedIn dão dicas de como enriquecer a rede de contatos profissionais mesmo estando em quarentena

Talvez você nunca tenha se sentido à vontade para fazer networking no escritório ou conversar durante o almoço em uma convenção, mas, depois de meio ano trabalhando entre as próprias quatro paredes, ah, a chance de conhecer novas pessoas!

Pandemia ou não, para aqueles que querem acelerar o aprendizado de novos assuntos, fortalecer as perspectivas de carreira ou atingir metas sociais, “o networking está no centro da descoberta e da exploração das oportunidades”, segundo Miranda Kalinowski, chefe de recrutamento global do Facebook. Felizmente, embora as reuniões de equipe e convenções do setor tenham se deslocado para o mundo on-line, o novo normal abriu tantas portas quanto fechou.

Expandindo sua rede

As conexões podem e devem vir de todas as facetas de sua vida, incluindo seus grupos cívicos, escolares e sociais, disse Kalinowski. Elas também podem ser descobertas em novas configurações, talvez nas caminhadas pelo bairro que você faz na pausa do trabalho em casa.

As pessoas que você encontra podem estar mais abertas à conexão agora, porque não vão mais ao escritório nem fazem viagens de negócios, e têm mais tempo para conversar, de acordo com Kalinowski.

O networking de casa pode até oferecer interações de maior qualidade, porque você começa a falar com alguém intencionalmente, alguém que você pesquisou brevemente com antecedência; não é apenas um papo furado com quem você encontrou em uma conferência

Se aqueles que já estão na sua rede são muito parecidos com você no que se refere a educação, raça, geografia e indústria, concentre-se em diversificar, recomendou Amy Waninger, autora de Network Beyond Bias. Também é bom se juntar a grupos que a princípio “não seriam para você”. “Diga que está lá para ouvir e aprender – e faça isso mesmo.”

As mulheres, por exemplo, podem querer que os homens em suas conferências ouçam sobre os problemas que estão enfrentando, não para que lhes digam o que fazer, acrescentou ela, mas para que possam ajudar a restaurar o ambiente do escritório.

Kalinowski afirmou que você também pode diversificar sua rede buscando mais “atrito cognitivo” – conectar-se com pessoas que têm diferentes maneiras de abordar problemas e resoluções ou que têm prioridades ou valores diferentes.

Além da geografia

A pandemia nivelou o campo de jogo em alguns aspectos, disse Tiana S. Clark, que trabalhou como analista de inteligência da Força Aérea, professora de escola pública e agora como diretora de vendas da Microsoft em Chicago.

As pessoas não estão mais vinculadas à localização, às obrigações pessoais ou às circunstâncias financeiras que as impediam de participar de conferências ou de eventos depois do trabalho.

Ela afirmou que o networking de casa pode até oferecer interações de maior qualidade, porque “você começa a falar com alguém intencionalmente, alguém que você pesquisou brevemente com antecedência; não é apenas um papo furado com quem você encontrou em uma conferência”.

Existe uma infinidade de organizações profissionais e baseadas em interesse on-line. Algumas recomendações de Kalinowski são a Fairy Godboss e a Power to Fly, que conectam mulheres a vagas de emprego e conselhos de carreira, e a Stack Overflow, para desenvolvedores de software aprenderem e compartilharem conhecimentos de programação e verificarem vagas de emprego.

O LinkedIn sugere grupos e boletins informativos que possam ser de interesse com base no seu perfil, e recentemente começou a exibir sugestões de “vozes negras para seguir e amplificar” na página My Network do aplicativo. Muitas faculdades têm clubes de ex-alunos que agora realizam encontros e palestras on-line. “Pesquise algumas opções, experimente uma e veja se é útil”, sugeriu Kalinowski. Se não for, tente outra.

Apresentações

A maneira mais fácil e melhor de conhecer alguém é quando um conhecido em comum propicia uma apresentação calorosa e destaca o que vocês têm em comum. Se você precisa entrar em contato com alguém que nunca viu antes, Kalinowski recomenda envolver a pessoa na conversa por meio de algum conteúdo, como um post no blog que ela escreveu, em vez de já chegar com uma pergunta.

Quando perguntar algo – por exemplo, informações sobre o trabalho ou o setor de uma pessoa –, faça alguma pesquisa sobre o tema e peça a opinião dela sobre o que você descobriu, em vez de pedir que ela lhe explique tudo. “Não lhe dê uma tarefa muito pesada”, disse Kalinowski. E, claro, não peça informações prontamente disponíveis na internet.

A primeira impressão (on-line) é importante

Clark destacou que a maneira como você se apresenta pode fazer a diferença entre receber uma resposta e ser ignorado. Assim, quando ela contata uma pessoa nova, envia o que chama de “narrativa de marca”, um resumo de quem ela é, seu passado, seus atributos pessoais e suas maiores realizações. É uma visão mais rápida e holística quando comparada a um currículo, que se concentra basicamente na carreira.

O objetivo é compartilhar coisas das quais você se orgulha e “inspirar a pessoa a querer se encontrar com você e conhecê-lo melhor”, segundo ela. Incluir mais aspectos de si mesmo aumenta a probabilidade de encontrar algo em comum.

Pense no que você pode oferecer

A dinâmica de poder pode parecer estranha se um superior estiver oferecendo conselhos ou uma conexão – o que você pode oferecer de valor? Além de um simples obrigado, volte e diga como o conselho o ajudou, propôs Waninger. Se a pessoa recomendou um livro, diga o que aprendeu com ele. Se você teve uma ótima conversa com alguém que essa pessoa lhe apresentou, não deixe de informá-la. Vá além da interação transacional para um diálogo contínuo, acrescentou.

Inclua sempre pessoas a quem você pode ajudar em sua rede, disse Waninger. É possível conectar dois amigos com um interesse em comum ou procurar uma vaga de emprego em sua empresa e recomendá-la a alguém que você conheceu e que possa ser adequado.

Além das interações um a um

Os mentores não têm de ser pessoas com quem você se encontra individualmente. “Você pode escolher seu mentor no tempo e no espaço, por intermédio de um livro ou de um podcast, e adaptar os conselhos e as perspectivas dessa pessoa às suas próprias circunstâncias”, indicou Waninger.

Agora, vá em frente

Comece talvez com o objetivo de contatar uma nova pessoa por semana, mesmo que você se sinta satisfeito com seus contatos existentes. Na verdade, a hora de investir em networking é quando você menos precisa; assim, no momento em que necessitar de assistência, já terá um sistema de suporte forte.

“É como aumentar sua pontuação de crédito, para que, quando você precisar de um empréstimo, seja mais fácil obtê-lo”, comparou Waninger.

Mesmo aqueles que estão bem estabelecidos em seu campo devem fazer um balanço. Os contatos podem ficar obsoletos, segundo Kalinowski, e um “novo começo” pode ser revigorante.

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Fonte: Exame

Imagem: Nerosu11 – Freepik.com

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