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Endividamento tem queda na Capital, mas inadimplência sobe

15 de maio de 2018 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

Percentual de endividados de abril é o menor do ano

O índice de pessoas endividadas em Belo Horizonte recuou 0,4 ponto percentual em abril, chegando a 62,3%, enquanto em março foi de 62,7%. É o menor indicador do ano. Ao mesmo tempo, a inadimplência cresceu 1,5 ponto percentual, passando de 26,7% em março, para 28,2% em abril. O número de pessoas que não terão condições de quitar suas dívidas chegou a 11,6%, enquanto na última avaliação foi de 10,5%. Os dados, divulgados na sexta-feira (11), foram apurados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG).

Analisados conjuntamente, os números indicam que, mesmo com a melhora do ambiente econômico, os consumidores ainda estão cautelosos e não querem assumir compromissos como financiamentos, conforme explicou o economista da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida.

“Observamos continuada queda do endividamento, ou seja, redução da aquisição de produtos via modalidades como cartão de crédito. Isso reflete queda no consumo. Por outro lado, aumentou o percentual de famílias que deixaram de quitar dívidas já abertas”, resume.

O endividamento mostra o quanto os consumidores estão adquirindo compromissos como financiamentos e compras com o cartão de crédito. Já a inadimplência retrata aquelas pessoas que possuem dívidas em atraso. Enquanto o Banco Central considera inadimplência o atraso do pagamento de 90 dias, a Fecomércio leva em conta qualquer tipo de atraso.

Almeida explica que o endividamento não é considerado negativo, já que reflete consumo. Mas a inadimplência é ruim, pois leva à restrição de crédito e impede outras aquisições.

O economista ressalta que os indicadores econômicos positivos, como inflação controlada e taxa de juros em queda, ainda não levaram à retomada do consumo. A situação pode estar refletindo o quadro ainda incerto da geração de emprego. “Muitas vagas geradas são informais, deixando o trabalhador com renda disponível menor”, diz.

Almeida ressalta que, de maneira geral, não há um cenário preocupante, porque os índices de endividamento e inadimplência vêm mostrando certa volatilidade em percentuais pequenos. Segundo ele, a expectativa é positiva a médio prazo.

Perfil das dívidas – De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o principal tipo de dívida das famílias é com o cartão de crédito, que chegou em abril a 72,7% do total. As outras modalidades são: carnês (16,3%); financiamento de carro (8,7%); financiamento de casa (6,9%); crédito pessoal (6,6%); cheque especial (6,1%); crédito consignado (3%); cheque pré-datado (0,4%), entre outras.

Em média, o endividamento compromete 27,5% do orçamento familiar mensal. O tempo médio de atraso das dívidas é de 62 dias. A pesquisa indicou que, dos 62,3% dos consumidores de Belo Horizonte que possuem dívidas, 11,6% consideram que estão muito endividados.

Fonte: Diário do Comércio

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