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Gestão do erro: saiba como aprender e crescer com as falhas

11 de outubro de 2019 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

“Errar é humano!” Você já deve ter ouvido isso em algum momento da sua vida ou até ter dito isso para você mesmo. E posso lhes afirmar, essa frase nunca fez tanto sentido quanto agora. Por isso irei falar aqui sobre a gestão do erro.

Estamos vivendo dias em que somos tão exigidos pela rapidez das mudanças, a pressa dos projetos e competitividade de mercado. A aceitação de que errar traz aperfeiçoamento é uma das premissas para as empresas que querem, não só se manter no mercado, mas também se destacar.

Te convido a explorar esse tema que tem levado cada dia mais as empresas a repensarem em suas posturas frente as falhas. Saber gerar um equilíbrio entre encarar o erro como parte do processo sem que isso se torno regra será o meu desafio a te mostrar nesse conteúdo.

Já posso afirmar algo transformador, o erro só irá existir para os corajosos. Covardes não se metem em batalhas impossíveis. Isso vale pra vida e principalmente para os negócios.

Sobre quais falhas estamos falando?
Eu sei, você ainda não se convenceu sobre como falhas poderão ajudar sua equipe e sua empresa a crescerem, mas nos dias atuais muitas empresas precisam de decisões rápidas e projetos arrojados.

O fato de não ter uma gestão e uma cultura organizacional que propiciem saber lidar com a possibilidade de falhas nesses momentos poderá trazer danos irreversíveis ao seu negócio. Sua empresa poderá estar perdendo grandes potenciais e minando o processo criativo e empreendedor das equipes por exemplo.

Atitude de coragem
Não sei se você já teve a oportunidade de assistir ao filme “Até o último homem”. Esse filme foi produzido em 2016, com direção do Mel Gibson sendo baseado em uma história real, que acontece durante a Segunda Guerra Mundial e tem como protagonista o médico do exército Desmond T. Doss (protagonizado pelo ator Andrew Garfield).

Doss se tornou conhecido por ter recusado a pegar em armas durante o conflito, fato que não o impediu de salvar mais de 75 pessoas durante a Batalha de Okinawa.

Dentre vários valores que podemos trabalhar nesse filme, tiramos uma lição muito valiosa, o que para alguns parecia covardia, na verdade era uma atitude mais corajosa do que todas as outras que podia se ter em meio ao caos.

O que quero te dizer com isso!? Que covardes não entram em guerras difíceis, não arriscam e não fazem coisas que parecem loucas e principalmente, não trazem resultados. Mas para que tenhamos “soldados” corajosos é preciso ter dois pontos importantíssimos;

  1. Cultura Organizacional que propicie uma aceitação menos doloroso para as falhas;
  2. Líderes valentes e influenciadores que saibam conduzir o time com foco em resultados , analise de riscos e que sejam bons em planejamento tático.

Como encarar a gestão do erro?
Você deve estar ai lendo e se perguntando. Mas sobre quais falhas especificamente estamos falando? Trabalhar com esse tipo de gestão, liberal e conivente com as falhas também não pode gerar na empresa e nos colaboradores uma cultura de que, “- Não tem problema, se eu errar eles entenderão”. Se o processo for bem conduzido, você mitigará esse risco de forma a quase eliminá-lo.

Nos dias em que vivemos, onde a economia e as mudanças nas relações globais tem mudado a cada instante, não ter uma gestão focada em enxergar colaboradores que falharam por falta de sorte é arriscado demais para as organizações.

Separando ‘O Joio do Trigo’
Aplicar esse tipo de gestão consiste em entender e identificar os possíveis talentos, os chamados high- potencial employees (que significa o profissional que tem potencial para crescer na organização, é aquele que sempre cumpre prazos, mas que ainda não se destacou).

Após a identificação é preciso potencializar esses talentos para que estes assumam novos projetos e responsabilidades o lado de líderes influenciadores.

O CEO da General Electric, Jack Welch, diz que para os líderes serem eficientes e influenciadores precisam ter sempre o autoconhecimento e saber que sempre precisarão buscar por mais conhecimento no quesito gestão. Em síntese, para ele todo líder precisa ter 5 pontos a serem trabalhados:

  • Energia para trabalhar quantas horas forem necessárias;
  • Capacidade de energizar os outros;
  • Ousadia e capacidade de tomar decisões: sim ou não;
  • Capacidade de execução para executar o que for preciso;
  • Paixão em tudo que faz.

Identificar os possíveis potenciais e prepará-los fará com que sua empresa tenha uma tropa que irá enfrentar as maiores batalhas. Atrelado a isso preparar a empresa para que reajam de forma mais branda com quem falha, mesmo sabendo que no mundo corporativo, a falha custa dinheiro e que para alguns projetos estamos falando de altas cifras.

As empresas mais bem sucedidas no Brasil conseguem um percentual de 89% de projetos concluídos com êxito, sejam eles lançamentos de novos produtos, expansão da marca, dentre outros. A eficiência precisa fazer parte das organizações, mas encarar as falhas quando estas acontecem por reações não previstas faz toda diferença.

3 Dicas para melhorar a gestão de falhas
Tenho falado muito em gerir também as falhas que acontecem de forma mais leve, isso irá promover um ambiente mais criativo com pessoas que não terão medo de avançar. Abaixo 3 principais dicas que irá te ajudar com isso:

1) Gênesis do problema
Quando assumimos projetos, sejam de médio ou grande porte, nos preocupamos em executá-lo da melhor maneira possível, mas como já falei anteriormente dentro desse processo algo inesperado e não previsto pode acontecer.

A falha pode acontecer mesmo quando há planejamento
Tenho várias experiências para lhe passar, mas reservei uma especial que aconteceu a pouco tempo.

No ano passado eu gerenciava uma equipe que prestava atendimento ao cliente, tinha aproximadamente mais de 100 pessoas sob minha liderança e naquele ano havia uma mudança que o governo estava a implantar para todas as empresas no que diz respeito ao Departamento Pessoal, alguns de nós até já conhece e sabe que estou falando do eSocial.

O cenário era o mais incerto possível, pois trabalhávamos também com a possibilidade de que o governo nem liberaria essa nova obrigação naquele ano e eu precisava tomar uma decisão rápida, difícil e sem garantias. A decisão era estimar a quantidade de atendimentos que teríamos em nosso suporte com aquela possível demanda.

Atendíamos em média 10 mil ligações mês antes dessa obrigação e precisava estimar quanto que eu precisaria contratar para que pudéssemos dar conta posteriormente. Analisei mercado, conversei com alguns clientes para identificar o grau de conhecimento e dificuldade que eles sentiam, planejei com minha coordenadora, uma análise de cada um da equipe visando identificar a capacidade máxima de cada colaborador.

Após isso estimei um total de contratações embasado em números, mas não foi o suficiente. Com a implantação da obrigação pelo governo, tanto o grupo de clientes que estava obrigado a aderir quanto os demais que não estavam obrigados buscaram suporte naquele momento gerando um momento delicado.

Reconhecer o erro e agir
Admitir que a estratégia falhou é o primeiro passo para corrigi-la. O erro foi percebido antes de gerar algum efeito negativo na organização, então, a melhor coisa que fiz foi aceitar a situação e agir rápido.

Compartilhamos com a organização que precisávamos mudar o patamar das análises e estimar por cima uma quantidade maior de contratações.

Provavelmente, se não estivesse em uma empresa que tenta lidar com projetos que falharam de forma a querer identificar a origem do problema, eu poderia não estar mais aqui para contar a experiência. O fato é que saber a origem dessa falha faz toda diferença.

Identificar se o colaborador falhou por não ter levantado todos os riscos de forma correta ou saber se a falha foi ocasionada por motivos inesperados e imprevistos, faz toda diferença para não gerar nos colaboradores o medo excessivo e retração frente a grandes desafios.

2) Desenvolver a coragem para encarar erros
A cultura do medo é implantada no momento em que a tolerância por erros é instaurada. Já ouvi vários líderes falando que na equipe deles não existe falha e os que erram “pagam o preço” para disciplinar os demais. Certamente nessa equipe as pessoas trabalharão com uma perspectiva de, farei apenas o que me mandam, não vou sugerir nada.

Dessa forma não tenho o “P” do perigo de errar ou assumir a culpa sozinho. Não sei se você conhece alguém que já comentou ou agiu assim, mas dessa forma não teremos pessoas que ousarão e se disporão a estar na linha de frente da batalha.

É preciso saber que para todo erro existe sempre uma solução, seja para resolvê-lo ou para amenizá-lo. Esse entendimento irá ajudar a organização a não se desestimular na inovação e, ao errar, não deixe que o medo atrapalhe na busca por solução do problema.

3) Aja perante a situação
Se de repetente aparece um problema, então deve resolvê-lo. Muitos de nós já enfrentaram uma situação em que se viu perdido e paralisado. Para que aja a ação corretiva é muito importante que todos os envolvidos entendam o projeto, o que foi levantado, quais riscos e rupturas para que as ações de contorno possam ser eficazes e eficientes.

Não tenha apego a sua ideia original e nem sinta-se menor por aceitar ajuda de pessoas mais experientes, elas provavelmente já erraram e aprenderam com os erros. Ter um mentor para lhe ajudar em projetos mais complexos pode te ajudar e fazer com que você faça o que tem de ser feito.

Metodologia do Canvas
Faça da prática de reconhecer falhas um hábito e mais do que isso, melhore sua capacidade analítica frente as atividades. Um recurso que me ajudou muito a melhor as análises para atividades complexas foi a metodologia canvas.

Essa metodologia consiste em organizar suas demandas em projetos, de forma que você consiga visualizar e analisar todos os papeis e necessidades. Aqui está o link para baixar uma versão básica e gratuita.

Fonte: Fortes Tecnologia
Imagem: Designed by Mindandi

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