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O planejamento estratégico e o aprendizado mútuo

1 de outubro de 2019 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

Falamos que um planejamento estratégico nunca vai para a gaveta, e nunca vai mesmo! Mas isso não quer dizer que ele sempre é efetivo. Para aumentar a efetividade de um planejamento estratégico, é preciso promover a participação e engajar as pessoas na direção que a empresa decidiu caminhar.

Nós só planejamos porque estamos INSATISFEITOS. É duro pensar assim, mas é verdade, é a insatisfação que nos tira do ponto A e nos leva para o ponto B. Quando fazemos um plano para avançar, geralmente queremos mudar o resultado do futuro. Logo:

Os três caminhos da Gestão
Pensando assim, todo planejamento estratégico faz esse movimento do ponto A para o ponto B. Porém para chegar a um resultado por meio do trabalho só existem três caminhos:

  • Controle unilateral: uns mandam outros obedecem;
  • Aprendizado mútuo: construímos juntos de maneira participativa;
  • O não controle: quando o gestor abre mão da liderança e assiste passivo.

Pra ser sincero, não conheço outras formas, e aqui vamos falar dos dois primeiros caminhos. No caso do não controle, algumas vezes, o resultado vem por acaso, circunstância ou pela dinâmica do contexto, nós pouco influenciamos nele. Já quando influenciamos, agimos de acordo com os primeiros caminhos.

É bem provável que na sua empresa tenha espaço e momento para cada um deles. Mas quero deixar clara minha preferência pelo aprendizado mútuo, é meu sonho e meu desafio.

Controle Unilateral
É quando seguimos a linha do comando e controle. Quando “direcionamos” todo o trabalho de dentro da nossa sala de vidro, enquanto os “trabalhadores” fazem o que precisa ser feito. Isso funciona, o que não quer dizer que tenha mais efetividade.

O controle unilateral não abre muito espaço para diálogo, geralmente alguém detém o “conhecimento” e vai passar “como fazer”. Os que fazem, pouco sabem porque o fazem, apenas cumprem ordens e são “recompensados ou castigados” de acordo com o resultado.

Lendo assim, parece que pessoas e empresas estão mal-intencionadas quando fazem isso. Mas, na verdade, isso ocorre porque o modelo mental da liderança é esse. Simples assim. Ela não enxerga outra forma de fazer. Não é maldade, é a única forma que se tem consciência de como fazer o trabalho, é a maneira como se vê o mundo alí.

Isso direciona muito bem o trabalho, mas pode matar a criatividade e oportunidades são desperdiçadas, já que “cumprir a ordem ou bater a meta” é mais importante que “debater o que deve ser feito”.

Aprendizado mútuo
É simples, aprender juntos o que não sabemos para fazer o que queremos. Falconi tem um vídeo célebre em que conta que perguntou para alguém: “Por que vocês não batem a meta?” E ele mesmo responde: “Ora, porque vocês não sabem como fazer”!

Aqui está a mágica: vamos aprender!

Existe um momento em que descobrimos que temos sim qualidades, mas que elas são bem menores que as qualidades somadas do nosso time todo. Se você é gestor de uma equipe, e as competências do seu time somadas não são maiores que as suas, você é um péssimo gestor! Ou, no mínimo, não sabe contratar. Tem ainda uma segunda opção, você pode estar se enganando e seu ego está um pouco MUITO inflado.

O aprendizado mútuo nos leva para uma lógica em que entendemos que somos limitados e que os outros têm pontos de vista que podem favorecer muito na busca pelo resultado. Outro ponto relevante é que os erros no aprendizado mútuo são tratados como uma oportunidade para aprender.

Quando decidimos pelo aprendizado mútuo, estamos chamando o time para construir juntos, sabendo que nossa opinião não é a mais importante agora, e que muito provavelmente as coisas acontecerão diferente da maneira que EU imagino, mas que isso pode servir como uma alavanca para desenvolvimento do aprendizado dentro da empresa.

Então, o planejamento em si e a execução dos planos com o aprendizado mútuo cria um ambiente propício para a criatividade, e para que a empresa aprenda.

E na prática…
O controle unilateral funciona, mas você terá que ficar no leme o resto da vida. Afinal, lembre-se: o controle é unilateral. Muitos planejamentos são feitos assim, mas nunca vejo gestores “cuidando só disso”, e isso acaba ficando, solto. Todo bom gestor quando atua no planejamento estratégico sabe que existem coisas que ele não vai conseguir manejar e que o time terá que tocar isso sozinho, é preciso desapego para abandonar o controle unilateral.

Essa é a hora de começar a experimentar o aprendizado mútuo. E o planejamento estratégico é um bom lugar pra isso, não é o único, mas muito bom! Na verdade, quanto mais a equipe se envolver na definição do trabalho, mais eles se engajarão.

Mas aqui vale uma ressalva: você como gestor, líder do time, não deve se “abster” e deixar que as coisas aconteçam “como eles querem”! Isso é o NÃO CONTROLE, cuidado! Você deve garantir que todos participem do aprendizado. Por exemplo, envolvendo todos na discussão do planejamento estratégico ou na definição das ações.

A suas ações já vieram definidas? Então envolva todos no debate das análises de risco, no plano de trabalho, na priorização e distribuição das atividades. Você sempre pode envolver o time e fazer do trabalho um momento de aprendizado.

Minha empresa tem controle unilateral e agora?
Agora é começar a pensar porque vocês aí acreditam que apenas alguns podem contribuir de verdade, e discutir isso. Lembre-se de que é uma tomada de consciência de que existem outros modelos.

Uma boa prática é começar a envolver as pessoas em espaços seguros de debate, por exemplo, explicando porque uma tarefa e feita de certa forma e OUVINDO ATIVAMENTE as opiniões dos executores.

Se você conseguir o compromisso da liderança para experimentos com isso, muito provavelmente vocês vão começar a mudar a forma como o trabalho acontece. E é aí que começa o aprendizado mútuo!

Fonte: Blog da qualidade
Imagem: Negócio foto criado por pressfoto – br.freepik.com

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