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O quanto sua empresa perde ao não olhar para o capital humano?

O quanto sua empresa perde ao não olhar para o capital humano?

1 de outubro de 2020 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

Ao pensar no presente e no futuro de sua empresa, quais ferramentas e recursos vêm à tona para fazê-la crescer? Tecnologias diferenciadas? Novos modelos de trabalho? Produtos e serviços inovadores? Mesmo que todas estas questões sejam fundamentais para o desenvolvimento organizacional, alguma delas é mais importante do que as pessoas?

Segundo a pesquisa The Social Enterprise at Work: Paradox as a Path Forward, publicada neste ano pela Deloitte para analisar tendências globais sobre capital humano nas empresas, 50% dos mais de 9 mil líderes entrevistados de 119 países afirmaram que suas organizações têm o objetivo de promover um ambiente de trabalho saudável, de respeito e a meta de tornar o negócio mais diverso e abrangente a todos os públicos e comunidades sociais.

Termos como os “3 Ps” (propósito, potencial e perspectiva) ganharam força no universo corporativo à medida que empresários e gestores entenderam que cuidar das pessoas não é e jamais deve ser tratado como um “gasto” ou “transtorno”, mas sim como solução para tornar a empresa competitiva, lucrativa e um lugar em que todos têm o desejo e a ambição de estar, contribuindo para o fortalecimento da marca empregadora.

De acordo com os participantes do levantamento, algumas estratégias específicas são cruciais para o desenvolvimento de um trabalho humanizado e que valorize as pessoas dentro do negócio. São elas:

  • Diversidade e inclusão: Pertencimento, do conforto à conexão à contribuição;
  • Cultura, engajamento e experiência: Trabalho que promova o bem-estar. Qualidade de vida melhora a qualidade de performance;
  • Talentos: Apostar nas novas gerações, dos millennials aos perennials;
  • Futuro do trabalho: ‘Supertimes’, trabalho em conjunto com inteligências artificiais;
  • Aprendizado: Gestão do conhecimento, criar contexto e propósito com um mundo cada vez mais conectado;
  • Carreira: Além da qualificação, investir na resiliência para lidar com cenários incertos;
  • Gestão de performance e recompensas: Abordagem e ações mais humanizadas. Respeito pelo profissional e pelo ser humano.
  • People Analytics: Mensurar estratégias de trabalho. Investir energia do que trará melhores resultados.
  • Liderança: Ethos e o futuro do trabalho: deixar o “como nós poderíamos?” e adotar o “como nós deveríamos?”
  • Evolução do RH: Expandir o foco e estender sua influência.

Para Eder Magnani, diretor e sócio-fundador da TRILHA Pessoas e Organizações, empresa que presta consultoria em Gestão de Pessoas, investir no capital humano é um poderoso diferencial de negócios. O especialista pontua que a tecnologia tem potencial para auxiliar no desenvolvimento de um trabalho voltado às pessoas e ao bem-estar humano.

“O capital humano é muito importante para as organizações. Nós temos um ambiente, na era do conhecimento, com tecnologias que possibilitam muitas mudanças que melhorem esse capital. A reflexão não é sobre perder espaço para a tecnologia, mas sim como conviver com ela”.

O especialista, desenvolvedor do ACTUM (falaremos abaixo sobre), acresce que, especialmente em tempos de pandemia, a atenção com o capital humano deve ser ainda maior. Nos últimos meses, o isolamento social e os riscos de contaminação motivaram negócios a observar com maior cuidado práticas e estratégias ligadas à segurança e a saúde do seu time de trabalho. Em meio a isso, a discussão sobre a saúde mental dos trabalhadores também veio a destaque.

“Muitas empresas ainda não se atentaram à importância de um trabalho voltado à saúde mental. Hoje, nós encontramos um grau significativo de desmotivação e estresse, porque suas oitos horas de trabalho, principalmente por conta do home office, que muitas empresas adotam para lidar com a pandemia, dobraram. Em casa você não bate cartão, você está disponível a todo o tempo. Estar em casa por si só não vai motivar ninguém ou aliviar o seu trabalho. E se as pessoas estão mais estressadas, elas ficarão mais ansiosas”, salienta.

Eder orienta que um trabalho de capital humano bem-sucedido carece de ações efetivas em prol do bem-estar mental, um desafio que aumenta na pandemia, tanto pelo cenário atual de incerteza quanto pela falta de percepção de líderes sobre quais são as reais necessidades de seus colaboradores e o quanto determinadas práticas interferem negativamente em sua qualidade de vida.

Desde o processo de atração de talentos até a retenção, o trabalhador precisa se sentir valorizado, engajado, motivado e disposto, o que consequentemente arcará em aumento de performance.

A ferramenta ACTUM

Na TRILHA, Magnani desenvolveu a ferramenta ACTUM, criada de acordo com os princípios do psicólogo norte-americano William Marston, que tinha como objetivo desenvolver uma espécie de mecanismo que pudesse criar uma unidade de medida de “energia mental”. Em outras palavras, compreender e descrever o comportamento humano normal. Para isso, Marston relacionava o comportamento humano às forças da natureza, sendo:

  • Água: Paciência e controle;
  • Ar: Extroversão e sociabilidade;
  • Fogo: Risco e confrontação;
  • Terra: Seguir normas e regras.

O psicólogo ainda atribuía um quinto eixo comportamental, o “autocontrole”, representado pelo equilíbrio da razão com a emoção diante de diferentes contextos e situações de vida.

Com base nas teorias e pesquisa de Marston, o ACTUM é uma ferramenta de avaliação comportamental desenvolvida com o propósito de medir esses eixos, identificando quais são as principais características de cada indivíduo e quais são suas tendências de comportamento. A ferramenta apoia as empresas tanto em processos de seleção quanto em feedbacks, treinamentos, avaliação de compatibilidade com cargos e exigências específicas e também para que exista um embasamento que mostre se o indivíduo tem sua personalidade coerente com os valores e visão da empresa.

“A ferramenta ajuda a dar uma melhor identificação sobre o quanto a pessoa age em cada ambiente. A diferença entre seu perfil natural até o momento em que esse perfil é exposto em diferentes ambientes. Há 47 competências em nosso sistema as quais as organizações identificam quais são fundamentais para ela. Caso seja notada alguma defasagem entre as competências do colaborador em relação às competências identificadas como essenciais para cada função, o sistema libera uma trilha de aprendizado para que o líder e o colaborador trabalhem o desenvolvimento”, explica Magnani. “Você detecta os pontos fortes e aqueles que devem ser melhorados. O diagnóstico do sistema estabelece etapas a serem desenvolvidas para trabalhar no que precisa ser evoluído. O ACTUM foca sua existência no ser humano”, acrescenta.

O diagnóstico do sistema também revela onde as pessoas se sentem mais à vontade para desempenhar seu trabalho e quais são as dificuldades da liderança no gerenciamento individual e coletivo, seja por conta de seu perfil ou do perfil dos colaboradores. Do mesmo modo, o ACTUM também faz uma varredura em relação à cultura da empresa.

“É possível fazer um mapeamento que identifique se há aproximação ou distanciamento do empregado com a cultura do negócio. Mas há o questionamento: será que a organização está com uma cultura adequada? É preciso fazer essa identificação para saber se haverá aderência entre a empresa e o funcionário, seja para fortalecer sua cultura ou para mudar e criar uma nova”, finaliza o gestor.

Fonte: Rh pra você

Imagem: Wavebreakmedia_Micro – Freepik.com

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