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Produção da indústria mineira tem queda

28 de julho de 2017 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

A indústria mineira registrou queda no nível de atividade no sexto mês deste ano, de acordo com a Sondagem Industrial de Minas Gerais, divulgada ontem pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Na comparação entre maio e junho, tanto a atividade industrial quanto o nível de emprego apresentaram retração.

A produção caiu 8,6 pontos em junho frente a maio, ficando em 45,3 pontos, número abaixo da linha do otimismo, cujo referencial é de 50 pontos, em uma escala de 0 a 100. Na análise segmentada, os indicadores de todos os portes ficaram abaixo dos 50 pontos. Vale destacar as quedas de 8,7 e 10,4 pontos no indicador para empresas de médio e grande portes, respectivamente, em relação ao mês anterior.

De forma semelhante, o indicador de evolução do emprego atingiu 48,1 pontos, apontando queda na força de trabalho, uma vez que ficou abaixo dos 50 pontos. De toda forma, o índice cresceu 3,2 pontos frente ao mesmo mês de 2016. O índice marcou 45,9 pontos para médias indústrias, 46,2 pontos para pequenas e 50,6 pontos para grandes empresas.

Ainda assim, o desempenho da indústria não foi suficiente para ajustar os estoques de produtos finais, que registraram crescimento no período. No mês passado, a evolução dos estoques ficou em 52,6 pontos, encerrando o mês acima do planejado pelas empresas.

Oscilações – Na avaliação da economista da Fiemg, Daniela Muniz, a produção da indústria mineira vem oscilando mês a mês acima e abaixo da linha que separa o otimismo do pessimismo. Segundo ela, isso representa a dificuldade que o setor produtivo vem enfrentando para superar a crise econômica nacional.  “A economia está retomando aos poucos e a indústria, também. No entanto, a oscilação mês a mês ainda é grande. Por isso, é preciso aguardar uma recuperação mais consistente”, ponderou.

Neste sentido, a sondagem revelou que o índice de utilização da capacidade instalada efetiva seguiu abaixo da considerada usual para o mês, com 39,8 pontos em junho, reforçando a grande ociosidade da indústria. Apesar de distante do nível de utilização considerado usual, o resultado do mês representou crescimento de 5,4 pontos na comparação mensal.

Segundo a economista da Fiemg, as expectativas para os próximos seis meses demonstram otimismo por parte dos empresários. Em julho, o indicador de expectativa de demanda para os próximos seis meses atingiu 53,3 pontos, apontando que os empresários estimam crescimento na demanda por seus produtos. O índice subiu um ponto na comparação interanual (52,3 pontos).

Exportações – O indicador de expectativa de exportações apontou elevação das vendas externas mesmo período (52,3 pontos), sugerindo melhora nas expectativas em relação ao mês anterior (49 pontos). Esse resultado foi puxado pelos indicadores das indústrias de pequeno e grande portes. Os empresários das médias empresas não esperam alteração nas exportações nos próximos seis meses.

Já o indicador que mede as expectativas em relação à compra de matéria-prima marcou 50,3 pontos neste mês. Apenas os empresários das indústrias de grande porte esperam aumentar a compra de matéria-prima nos próximos meses. Os índices das empresas de pequeno e médio portes apontaram expectativa de redução nas compras. Além disso, os empresários esperam diminuir o número de empregados nos próximos seis meses (45,6 pontos). E a intenção de investimento nas empresas avançou em julho (47,3 pontos), na comparação com junho (45 pontos).

“Mesmo com a situação corrente não sendo tão boa, as expectativas para os próximos meses são positivas. Tanto no que se refere a demanda quanto as exportações e a compra de matéria-prima, os indicadores ficaram positivos. Ou seja, é preciso acompanhar os próximos resultados e o comportamento da indústria, que ainda vive um cenário de grande fragilidade”, concluiu.

Fonte: Diário do Comércio

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